sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Semana da Epifania - Ano “C” - 2ª Semana do Saltério - cor Litúrgica Branca

Hoje: Dia Nacional do Fotógrafo e dia da Fotografia

Santos do Dia: Adelmo de Wells (monge, bispo), Alberto de Ratisbona (bispo), Apolinário de Hierápolis (bispo), Ático de Constantinopla (bispo), Cartério de Cesaréia da Capadócia (presbítero, mártir), Eugeniano de Autun (bispo, mártir), Frodoberto de Moutier-la-Celle (abade), Garibaldo de Ratisbona (bispo), Gúdula de Bruxelas (virgem), Luciano, Maximiano e Juliano (mártires de Beauvais), Máximo de Pavia (bispo), Paciente de Metz (bispo), Severino de Nórica (bispo), Teófilo (diácono) e Heládio (mártires na Líbia).

Antífona: Para os retos de coração surgiu nas trevas uma luz: o Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso. (Sl 111,4)

Oração: Ó Deus todo-poderoso, que o Natal do salvador do mundo, manifestado pela luz da estrela, sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.



Leitura: I Carta de São João (1Jo 5, 5-13)Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho

Caríssimos, 5quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 6Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue). E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 7Assim, são três que dão testemunho: 8o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes. 9Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Este é o testemunho de Deus, pois ele deu testemunho a respeito de seu Filho.

10Aquele que crê no Filho de Deus tem este testemunho dentro de si. Aquele que não crê em Deus faz dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. 11E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. 12Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho, não tem a vida. 13Eu vos escrevo estas coisas a vós que acreditastes no nome do Filho de Deus, para que saibais que possuís a vida eterna. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura
O espírito, a água e o sangue

O batismo de Jesus nas águas do Jordão e sua morte na cruz são a prova de sua messianidade. A presença de Cristo é continuamente atualizada nos sacramentos da Igreja, particularmente na água do Batismo que nos introduz na Igreja e nos comunica a vida divina, e na Eucaristia, carne e sangue de Cristo, que é "fonte e ápice da vida cristã". O Espírito, dom do Pai e do Filho, completa a obra de salvação: "Com o dom do Espírito, todo homem atinge, na fé, a contemplação e o gosto do mistério do plano da salvação". Do Batismo à Eucaristia, consagrados pelo Espírito Santo que habita em nós (1 Cor 3,16), é este o nosso itinerário para a fé e o mistério de Cristo, a fim de realizar nossa santificação e dedicar-nos à salvação de nossos irmãos. (MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997)


Salmo: 147 (147 B), 12-13.14-15.19-20 (R/.12a)
Glorifica o Senhor, Jerusalém!

12Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! 13Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.

14A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. 15Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.

19Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. 20Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.

Evangelho: Lucas (Lc 5, 12-16)
A cura do leproso

12Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: "Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar". 13Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: "Eu quero, fica purificado". E, imediatamente, a lepra o deixou.

14E Jesus recomendou-lhe: "Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura". 15Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. 16Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração. Palavra da Salvação!


Contexto: O ministério de Jesus na Galiléia.  Leituras paralelas: Mt 8, 1-4; Mc 1, 40-45



Comentário o Evangelho
O apelo dos marginalizados

A ação taumatúrgica de Jesus orientou-se, de modo especial, para os marginalizados. Afinal, eram eles que, desprovidos de recursos e vítimas do abandono social, encontravam no Mestre uma tábua de salvação.

O episódio do leproso, prostrado por terra, e suplicando: “Senhor, se quiseres, podes curar-me!” – é a imagem perfeita da expectativa dos pobres em relação ao Messias Jesus. Os leprosos eram as maiores vítimas da marginalização. A doença os obrigava a se manterem fora da cidade, afastados do convívio social. Sua presença era motivo de pânico, porque ninguém queria correr o risco de ser contagiado pela doença e incorrer na impureza ritual.

Jesus, pelo contrário, recusou-se a tratar o leproso como um excluído. Por isso, desafiando tais preconceitos, aproximou-se dele e o tocou. Resultado: sua exclusão social foi superada, a dignidade humana, reconquistada, e o opróbrio imposto pela religião deixou de existir.

Portanto, o serviço de Jesus aos excluídos e marginalizados não se reduzia a uma solidariedade teórica, limitada às boas intenções. Antes, era feito de gestos concretos, mediante os quais as pessoas recuperavam o sentido da vida, a alegria da convivência fraterna, a confiança no amor misericordioso de Deus. Tratava-se de fazer com que tivessem vida, e a tivessem em abundância.
(O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997)


São Severino

Severino viveu em pleno século V, quando o Ocidente era acometido por uma seqüência de invasões dos godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, enfim, de toda uma horda de bárbaros pagãos que pretendiam dominar o mundo. É nesse contexto de conflitos políticos e sociais que sua obra deve ser vista, porque esse foi justamente o motivo que a tornou ainda mais valorizada. Durante essas sucessivas guerras, as vítimas da violência achavam abrigo somente junto aos representantes da Igreja onde encontramos Severino como um evangelizador cristão dos mais destacados e atuantes.

É muito fácil seguir os passos de Severino nesta trilha de destruição. Em 454, estava nos confins da Nórica e da Pomonia onde, estabelecido às margens do rio Danúbio, na Áustria, além de acolher a população ameaçada usava o local como ponto estratégico para pregar entre os bárbaros pagãos. Já no ano seguinte estava em Melk e no mesmo ano em Ostembur, onde se fixou numa choupana para se entregar também à penitência.

Esse seu ministério apostólico itinerante frutificou em várias cidades, com a fundação de inúmeros mosteiros. Como possuía o dom da profecia, avisou com antecedência várias comunidades sobre sua futura destruição, acertando as datas com exatidão. Temos, por exemplo, o caso dos habitantes de Asturis, aos quais profetizou a morte pelas mãos de Átila, o rei dos hunos que habitavam a Hungria. O povo além de não lhe dar ouvidos considerou o fato com ironia e gozação, mas tombou logo depois de Severino ter deixado o local. Sim, a cidade foi destruída e todos os habitantes assassinados.

Dali ele partiu para Comagaris e, sem o menor receio de perder a vida, chegou até Comagene, já dominada pelos dos inimigos. Lá, acolheu e socorreu os aflitos, ganhando o respeito inclusive dos próprios invasores, a começar pelos chefes dos guerreiros. Sua história registra também incontáveis prodígios e graças operadas na humildade e na pobreza constantes.

Severino predisse até a data exata da própria morte, avisando também sobre a futura expulsão de sua Ordem da região do Danúbio. Morreu no dia 08 de janeiro de 482 pronunciando a última frase do último salmo da Bíblia , (o 150): "Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor".

Segundo o seu biógrafo e discípulo Eugípio, Santo Severino teria nascido no ano 410, na capital do mundo de então, ou seja na cidade de Roma e pertencia a uma família nobre e rica. Era um homem de fino trato, que falava o latim com perfeição, profundamente humilde, pobre e caridoso. Também possuía os dons do conselho, da profecia e da cura, os quais garantiu e manteve até o final de sua vida graças às longas penitências e preces que fazia ao Santíssimo Espírito Santo e ao cumprimento estrito dos votos feitos ao seguir a vocação sacerdotal.

Especialmente venerado na Áustria e Alemanha, hoje, a urna mortuária de Santo Severino se encontra na igreja dos beneditinos em Nápoles, na Itália. (http://www.paulinas.org.br/)

Existe apenas uma pessoa que pode ser alvo de suas exigências: é você mesmo. (Fernado Buss)

Pensamos muito, mas sentimos pouco; temos mais necessidade de espírito humano do que mecanização. (Charlie Chaplin)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Tempo do Natal, Ano “B”, 2ª Semana do Saltério, cor Litúrgica Branca


Hoje: Raimundo Penyafort (Memória Facultativa, cor litúrgica branca)

Santos do Dia: Alderico de Le Mans (bispo), Anastácio de Sens (bispo), Canuto Layard (rei, mártir), Clero (diácono, mártir da África), Crispim de Pavia (bispo), Emílio de Saujon (monge), Félix e Januário (mártires de Heracléia), Juliano de Cagliari (mártir), Luciano de Antioquia (presbítero, mártir), Nicetas de Rémésiana (bispo), Reinaldo de Colônia (monge, mártir), Teodoro do Egito (eremita), Tilo de Solignac (abade), Valentim de Rhaetua (bispo), Eduardo Waterson (mártir, bem-aventurado)

Antífona: No princípio e antes dos séculos o Verbo era Deus e dignou-se nascer para salvar o mundo. (Jo 1,1)

Oração: Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, a aurora do vosso dia eterno despontou sobre todas as nações. Concedei ao vosso povo conhecer a fulgurante glória do seu redentor e por ele chegar à luz que não se extingue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.




Leitura: I Carta de São João (1Jo 4, 19-5,4)Amar a Deus e ao irmão

Caríssimos, 19quanto a nós, amamos a Deus porque ele nos amou primeiro. 20Se alguém disser: "Amo a Deus", mas entretanto odeia o seu irmão, é um mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. 21E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão. 5,1Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus, e quem ama aquele que gerou alguém, amará também aquele que dele nasceu. 2podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. 3Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, 4pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. Palavra do Senhor!


Comentando a I Leitura
Aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão

Amar a Deus quer dizer colocar-se na perspectiva de Deus, que ama todo ser criado e não hesitou em sacrificar o Filho unigênito para a salvação de todos os homens. Viver para os outros, dar-se; sacrificar-se pelo bem deles é "viver como Deus", é fazer aquilo que Jesus, vivo em todo cristão, quer que façamos. Hoje é, portanto urgente para todos "a obrigação de nos tornarmos generosamente próximos de todo homem e de servi-lo eficazmente quando se apresenta a nós, quer seja o ancião abandonado por todos, quer o trabalhador estrangeiro, desprezado sem razão, quer o exilado, ou criança nascida de união ilegítima..." Não podemos crer ser verdadeiros "filhos de Deus" se não nos sentimos irmãos de cada homem. Esta fé não só anima nossa caridade em sua múltipla atividade, mas torna-se uma força gigantesca na luta contra toda afronta, intolerância, injustiça, violência, contra todo transbordamento de egoísmo, prepotência, ódio, que ainda hoje dominam no mundo. (Missal Cotidiano, ©Paulus, 1997)


Salmo: 71(72), 2.14 e 15bc.17 (R/.cf.11)
As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

1Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! 2Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

14Há de livrá-los da violência e opressão, pois vale muito o sangue deles a seus olhos! 15bHão de rezar também por ele sem cessar, 15cbendizê-lo e honrá-lo cada dia.

17Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!

Evangelho: Lucas (Lc 4, 14-22a)
Hoje se cumpriu esta palavra da escritura

Naquele tempo, 14Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza.15Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. 16E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaias. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor". 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se.

Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu esta passagem da escritura que acabastes de ouvir". 22aTodos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. Palavra da Salvação!


Contexto: O ministério de Jesus na Galiléia.  Leituras paralelas: Mt 4, 12-17.23; Mc 1, 14-15.39; Mt 13, 53-58; Mc 6, 1-6



Comentário o Evangelho
A serviço dos excluídos

Servindo-se de um direito que cabia a todo hebreu adulto, do sexo masculino, Jesus tomou a palavra na sinagoga de sua cidade natal. A leitura do texto profético serviu-lhe de ocasião para explicitar o sentido de sua missão de Messias. Contrariamente às expectativas populares, apresentou um projeto missionário totalmente voltado para os pobres e excluídos, dos quais seria servidor.

A novidade de Jesus consistia em ser ele o Filho de Deus, presente na história humana, pondo-se do lado de quem não tinha voz nem vez. Na verdade, a história de Israel conheceu indivíduos que se lançaram de corpo e alma nesta empresa. Dentre eles, os profetas do período anterior ao exílio babilônico. Esta mesma sensibilidade encontra-se na literatura sapiencial e na literatura legal, mormente, no Deuteronômio. Com Jesus, porém, a solidariedade com os pobres atingiu a sua máxima expressão.

Desde o início de sua atuação messiânica, ele compreendeu serem os pobres os destinatários privilegiados de seu ministério. Ungido pelo Espírito do Senhor, portanto, seu Messias, foi enviado para “anunciar a Boa Nova aos pobres”. As diversas categorias elencadas pelo profeta Isaías – humilhados, cativos, cegos, oprimidos – revelavam uma pequena amostra das incontáveis formas de pobreza e exclusão. Assim, Jesus fez uma clara opção. Quem quisesse encontrá-lo, teria de se colocar na periferia do mundo. Lá encontraria Deus! (O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997)

São Raimundo de Penyafort
Raimundo era um fidalgo espanhol descendente dos reis de Aragão. Nasceu em 1175, no castelo dos Peñafort, na Catalunha. Desde muito pequeno apresentava interesse pela vida religiosa e pelos estudos. Aos vinte anos foi professor de artes livres numa universidade em Barcelona, atraindo muitos estudantes com suas aulas. Depois foi para Bolonha onde continuou lecionando e estudando direito civil e eclesiástico. Ao final foi diplomado com louvor e nomeado titular da cadeira de Direito Canônico da mesma escola. Jamais esqueceu os pobres, deles, Raimundo cuidava pessoalmente, muito embora a fama de seus conhecimentos já percorresse toda a Itália e Europa.

Em 1220 voltou para a Espanha e foi ordenado sacerdote e vigário geral da diocese de Barcelona. Depois foi convocado para servir em Roma a pedido do Papa Gregório IX, do qual foi confessor cerca de oito anos. Nesta época observou que os pobres, quando iam ao palácio papal, não eram tratados e atendidos com o devido direito, por isto alertou ao pontífice para que se interessasse pessoalmente por esta parte do rebanho. Por ordem do Papa, Raimundo editou a obra conhecida como "Os Decretais de Gregório IX", muito importante para o direito canônico até hoje.

Como retribuição pela dedicação e bons trabalhos, este papa o nomeou arcebispo de Taragona. Dentro de sua extrema humildade e se julgando indigno pediu exoneração do cargo, chegando a ficar doente por causa desta situação e com a licença dos superiores, voltou para a Espanha. Do amigo, Pedro Nolasco, recebeu e aceitou o convite de redigir as Constituições da nascente Ordem das Mercês para a Redenção dos Cativos.

Com a chegada dos dominicanos em Barcelona, abandonou tudo para ingressar na Ordem. Quando o superior geral morreu, em 1278, os religiosos elegeram Raimundo para ser o sucessor. Durante dois anos percorreu todos os conventos da Ordem a pé. Depois se afastou da direção, para se dedicar a vida solitária de orações e penitência, mas aos pobres continuou a atender. Esta santificação lhe aprimorou ainda mais os dons e grandes prodígios Deus executou por meio do seu servo, cuja fama de santidade corria entre os fiéis.

Por inspiração, aos setenta anos, Raimundo voltou ao ensino. Fundou dois seminários onde o ensino era dado em hebraico e árabe, para atrair judeus e mouros ao Cristianismo. Em pouco tempo dez mil árabes tinham recebido o batismo. Foi confessor do rei Jaime de Aragão, ao qual repreendeu pela vida mundana desregrada. Também o alertou sobre o perigo que o reino corria com os albigenses, facção da seita dos cátaros, que estavam pregando uma doutrina contrária e desta maneira conseguiu que fossem expulsos. Era um escritor valoroso, a sua obra, "Suma de Casos", continua sendo usada pelos confessores.

Avisados de sua última enfermidade os reis de Aragão e Castela foram ao seu encontro para receberem a derradeira benção. Raimundo de Peñafort morreu centenário no dia 6 de janeiro de 1275. Foi canonizado e sua festa autorizada para o dia seguinte da Epifania, em 7 de janeiro. [www.paulinas.org.br]

Talvez a gente se decepcione se confiar demais, porém viverá em tormento se não confiar o suficiente. (Frank Crane)

O importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe! (Anônimo)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

 Quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Semana da Epifania – Dia dos Reis Magos - 2ª Semana do Saltério - cor Litúrgica Branca


O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. (Is 9,2)


Hoje: Dia dos Reis Magos

Santos: Dimas de Connor (bispo), Ermenoldo de Prüfening (abade) , Guerino de Sion (monge, bispo), João de Rivera (bispo), Macra de Rheims (virgem, mártir), Melchior, Gaspar e Baltazar (Reis Magos mencionados no Novo Testamento), Pedro de Cantuária (abade), Pedro Tomás (patriarca latino de Constantinopla, mártir), Rafaela do Sagrado Coração de Jesus (virgem, fundadora), Wiltrude de Bergen (viúva, abadessa), Carlos de Sezze (religioso franciscano, bem-aventurado), Frederico de Saint-Vanne (monge, bem-aventurado), Gertrudes van Oosten (virgem, bem-aventurada).

Antífona: O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. (Is 9,2)

Oração do Dia: Ó Deus, luz de todas as nações, concedei aos povos da terra viver em perene paz e fazei resplandecer em nossos corações aquela luz admirável que vimos despontar nos povo da antiga aliança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.



Leitura: I Carta de São João (1Jo 4, 11-18)O Pai enviou o seu Filho como salvador do mundo

11Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós. 13A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito. 14E nós vimos, e damos testemunho, que o Pai enviou o seu Filho como salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus.

16E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele. 17Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em nós termos plena confiança no dia do julgamento, porque, tal como Jesus, nós somos neste mundo. 18No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à perfeição do amor. Palavra do Senhor!


Comentando a I Leitura
Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco

A vida cristã age em dupla dimensão: vertical e horizontal. A primeira nos faz tomar consciência do amor infinito do Pai que "mandou seu Filho como salvador do mundo" (versículo 14) e quer viver em nós (versículo 16). A perfeita união realiza-se particularmente na comunhão eucarística: nossa carne, nosso sangue misturam-se à carne e ao sangue de Deus; somos transformados e divinizados. "Não somos nós que transformamos Deus em nós - afirma Santo Agostinho - mas somos transformados nele".

A segunda dimensão do amor fraterno, o amor aos irmãos, é uma conseqüência e um sinal do amor de Deus (versículo 12). Também este aspecto da caridade fraterna tem sua plena realização na Eucaristia: "Participando realmente do corpo do Senhor ao romper do pão eucarístico, somos elevados à comunhão com ele e entre nós". Este amor torna-se no cristão força transformadora e operativa, capaz de afugentar todo temor (versículo 18). (Missal Cotidiano, ©Paulus, 1997)


Salmo: 71(72), 2.10-11.12-13 (R/.cf.11)
As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

1Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! 2Com justiça ele governe o vosso povo, com eqüidade ele julgue os vossos pobres.

10Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhes oferendas e tributos. 11Os reis de toda a terra hão de adora-lo, e todas as nações hão de servi-lo.

12Libertará o indigente que suplica e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. 13Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.


Evangelho: Marcos (Mc 6, 45-52)
Jesus caminha sobre as águas

Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. 47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles.

49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo!" 51Então subiu com eles na barca. E o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido. Palavra da Salvação!


Contexto: O ministério de Jesus na Galiléia.  Leituras paralelas: Mt 14, 22-23; Jo 6, 16-21


Comentário o Evangelho
A coragem do discípulo

A coragem com que o discípulo enfrenta os reveses do mundo testemunham a sua fé. Pressões de todos os lados, tentações para esmorecer, dúvidas a respeito da validade de ser discípulo, são algumas das formas de confronto pelas quais passa o discípulo do Reino, levando-o a correr o risco de se sentir frustrado acerca de sua vocação e missão. Muitas vezes, as investidas do mundo parecem insuperáveis. E o discípulo é desafiado a crer para além das evidências, se quiser sobreviver e manter-se fiel a Jesus.

A experiência de enfrentar uma tempestade, no meio do lago da Galiléia, num pequeno barco, revela este desafio.

Era noite, e a barca encontrava-se no meio do lago. Os discípulos remavam penosamente, mas sem resultado, porque o vento era contrário. O risco de afogamento era evidente. Não parecia haver solução para o caso!

É então que aparece Jesus. Inicialmente, eles imaginaram tratar-se de um fantasma. E puseram-se a gritar de pavor. Mas, num segundo momento, encorajados pelo Mestre, são capazes de reconhecê-lo. A fé dos discípulos revelou-se tão frágil, a ponto de levá-los a confundir Jesus com um fantasma. Também foi insuficiente para fazê-los enfrentar os embates da vida. Só uma fé sólida, purificada de todo medo, possibilita ao discípulo sobreviver, nas tempestades do mundo.  (O EVANGELHO DO DIA, Ano “A”. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1997)

Os três Reis Magos
Após o nascimento de Jesus, segundo o Evangelho de São Mateus, surgem os Reis Magos provenientes do Oriente, que o visitaram em Belém guiados por uma estrela. Esta denominação de “Mago”, tem conotação de sapiência entre os Orientais ou designa ainda astrólogos, deduzindo-se inicialmente que seriam Astrólogos eruditos. Isto pensa-se por se contar que terão avistado uma estrela que os terá guiado até onde Jesus nasceu. Terão chegado até Cristo a 6 de Janeiro, data que atualmente se comemora o «Dia de Reis».

O nome de “Reis” fora colocado com base na aplicação liberal do Salmo 71,10 realizada pela Igreja. Não há informação de quantos seriam e os seus nomes, existem sim apenas suposições e algumas pinturas dos primeiros séculos, aparecendo dois, quatro e doze “Magos”.

Após o Evangelho terão sido atribuídos os nomes dos «Reis»; Baltasar, representante da raça africana; Belchior, representante da raça europeia e Gaspar que representava a raça asiática, representando todas as raças conhecidas até à data, simbolizando a homenagem de todos os Homens da Terra a Jesus. Pelo número de prendas deduziu-se quantos seriam, pois ofereceram três presentes, ouro (Belchior), incenso (Gaspar) e mirra (Baltasar). As prendas têm uma simbologia, pois o ouro era somente oferecido a Reis, perfazendo a sua nobreza; o incenso representa a divindade e a mirra, simboliza Jesus como Homem e o sofrimento que iria ter ao longo da sua vida.

Sendo países tradicionalmente católicos, Espanha e Itália são os países que maior importância e simbolismo atribuem a esta tradição. As crianças espanholas e italianas celebram o Natal como todas as outras, mas têm de esperar pelo dia de Reis, 6 de Janeiro, para receber as tão desejadas prendas. [Fonte: www.salteadoresdaarca.com]

Viver não é buscar os outros para si, mas sim dar-se, ou melhor, levar-se
à si aos outros: amor! (Pe. Tabir Teixeira)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Semana da Epifania - Ano “C” - 2ª Semana do Saltério - cor Litúrgica Branca


Santos: Carlos Marchioni (franciscano), Cira de Kilkeary (virgem), Emiliana de Roma (virgem), Gaudêncio de Gnesen (monge, bispo), Geríaco de Valkenberg (eremita), João Nepomuceno Neumann (bispo de Filadélfia), Simeão, o Estilita (eremita da Síria), Sinclética da Macedônia (virgem), Talida de Antinoé (virgem), Telésforo (papa, mártir), Alacrino de Casamari (monge, bispo, bem-aventurado), Diego José de Cádiz (presbítero, bem-aventurado), Maria Repetto (religiosa, bem-aventurada).

Antífona: Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor, ele nos ilumina. (Sl 117, 26-27)

Oração do Dia: Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante a nossa, sejamos interiormente transformados por ele. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.



Leitura: I Carta de São João (1Jo 4, 7-10)As fontes da caridade e da fé

7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor. 9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura
Deus é amor

O amor do cristão para com os irmãos, que chega ao heroísmo de perdoar e fazer o bem mesmo àqueles que nos fazem mal, a ponto de dar por eles a vida como fez Jesus por nós, não pode provir da natureza humana, repleta de egoísmo, que tende à afirmação do próprio eu e à defesa dos próprios direitos. Tal amor encontra em Deus sua fonte fecunda e inexaurível (versículo 7); compreende a fraqueza da criatura, quer libertar o homem da escravidão do pecado e teve a sua manifestação mais alta na encarnação do Filho e em sua morte na cruz por nós (versículo 9). "Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós, quando ainda éramos pecadores" (Rm 5,8). Amor pede amor; mas para ser autêntico, mais que uma resposta "vertical" de amor para com Deus, ele nos pede amor para com os irmãos: "Nisto vos reconhecerão por meus discípulos, Se vos amardes uns aos outros (Jo 13,35; cf 1Jo 4,12-20)”. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]

Salmo: 71(72), 2.3-4ab.7-8 (R/.cf.11)
Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!


Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com eqüidade ele julgue os vossos pobres.

Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça! Este rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes salvará.

Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!


Evangelho: Marcos (Mc 6, 34-44)
Primeira multiplicação dos pães

Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: "Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer". 37Mas, Jesus respondeu: "Dai-lhes vós mesmos de comer. Os discípulos perguntaram: "Queres que gastemos duzentos dentários para comprar pão e dar-lhes de comer?" 38Jesus perguntou: "Quantos pães tendes? Ide ver. Eles foram e responderam: "Cinco pães e dois peixes". 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinqüenta pessoas.

41Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens. Palavra da Salvação!


Contexto: O ministério de Jesus na Galiléia.  O evangelho de hoje é sempre válido para a Terça-feira, da Semana da Epifania



Comentário o Evangelho
É preciso partilhar

À manifestação – Epifania – de Jesus deve corresponder a Epifania dos cristãos. Na medida em que estes assimilam o projeto dele e por ele são transformados, estarão em condições de mostrar para o mundo o rosto de Jesus, por meio de ações concretas.

O milagre da multiplicação dos pães comporta dois gestos indispensáveis do agir cristão, que capacitam os discípulos para serem como o Mestre: o gesto da solidariedade e da partilha.

A solidariedade perpassa todo o episódio evangélico. Solidariedade de Jesus que se compadece do povo, que era como ovelha sem pastor; dos discípulos e de Jesus preocupados com a fome do povo; do menino que possuía cinco pães e dois peixes e os colocou à disposição de todos; de cada pessoa daquela multidão capaz de perceber a carência dos outros.

A partilha decorre da solidariedade. Alguém pôs seu pequeno farnel à disposição de todos. Então, sob as ordens de Jesus e a intermediação dos apóstolos, os grupos sentaram-se na relva. Depois, à medida que recebiam pão e peixe, também os partilhavam com os que estavam ao redor. Desta forma, todos puderam comer até ficarem saciados. E ainda sobraram doze cestos cheios. Quando existe partilha, existe abundância!

A solidariedade e a capacidade de partilhar são os mais convincentes sinais de fé em Jesus, que os cristãos podem oferecer ao mundo. Uma forma excelente de fazer a Epifania acontecer na nossa História. (O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas)

Santo João Nepomuceno Neuman
João Nepomuceno nasceu na Boêmia, atual Eslováquia, no dia 28 de março de 1811, filho de Felipe Neumann e Agnes Lebis. Freqüentou a escola em sua cidade natal e entrou para o seminário em 1831. Era autodidata, por isto, sua educação acadêmica foi aprimorada com o domínio e fluência de vários idiomas.

João completou a preparação para o sacerdócio em 1835. Desejava ser padre logo, porém o bispo suspendeu as ordenações, pelo excesso de padres nas dioceses da Boêmia. Mas João não desistiu. Aprendeu inglês trabalhando, e escreveu aos bispos dos Estados Unidos. A resposta veio do bispo de Nova Iorque. João abandonou a família e cruzou o oceano para ser sacerdote, atendendo ao chamado de Deus, numa terra nova e distante.

A diocese nova-iorquina possuía apenas três dúzia de padres para mais de duzentos mil católicos. Padre João recebeu uma paróquia onde a igreja não tinha torre e o chão era de terra. Mas isso não o preocupava muito, pois ele passava o seu tempo visitando doentes, ensinando e evangelizando.

Padre João tinha a intenção de participar de uma congregação, por isto procurou padres redentoristas, que se dedicavam aos pobres e abandonados. Foi aceito e ingressou na Congregação e se tornou o primeiro padre ordenado no novo continente a professar as Regras dos redentoristas na América, em 1842. Sua fluência de idiomas o qualificou para o trabalho na sociedade americana composta de muitas línguas, no século dezenove.

Em 1847 foi eleito pela Congregação o superior geral dos redentoristas nos Estados Unidos. João ocupou o cargo durante dois anos, quando a fundação americana passava por um período difícil de adaptação. Deixou a função com os padres redentoristas bem preparados para serem uma congregação autônoma, o que ocorreu em 1850.

O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia em 1852. Sua diocese era muito grande e se desenvolvia com muita rapidez. Por isto, decidiu introduzir no país a educação católica. Organizou um sistema diocesano de escolas católicas, fundou a congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco para ensinarem nas escolas, que na sua diocese em pouco tempo duplicaram. Padre João construiu mais de oitenta igrejas durante o seu bispado, dentre elas iniciou a catedral de São Pedro e São Paulo.

Padre João Neumann era um homem de estatura pequena e de saúde frágil, mas sempre se manteve muito ativo. Além das obrigações pastorais, achou tempo para a atividade literária. Ele escreveu inúmeros artigos em revistas e jornais católicos; publicou dois catecismos e uma história da Bíblia para as escolas.

Ele morreu de repente enquanto caminhava pela rua de sua cidade episcopal. Era 5 de janeiro de 1860. O papa Paulo VI o beatificou em 1963 e foi canonizado pelo mesmo papa no dia 17 de junho de 1977, em Roma. Na cerimônia, assistida por uma multidão de fiéis americanos que fizeram a mesma rota marítima do Santo João Nepomuceno Neumann, só que em sentido inverso, o Papa decretou o dia 5 de janeiro para seu culto litúrgico.
[www.paulinas.org.br]

A felicidade não é feita do tamanho da casa mas do tamanho do amor que enche a casa. (Frei Hugo Baggio)

Não há melhor momento do que hoje para deixar para amanhã o que você não vai fazer nunca (Anônimo)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Segunda, 4 de janeiro de 2010

Segunda, 4 de janeiro de 2010
Semana da Epifania - Ano “C” - 2ª Semana do Saltério - cor Litúrgica Branca


Hoje: Dia da Abreugrafia e dia do Hemofílico
Santos: Dimas de Connor (bispo), Ermenoldo de Prüfening (abade) , Guerino de Sion (monge, bispo), João de Rivera (bispo), Macra de Rheims (virgem, mártir), Melchior, Gaspar e Baltazar (Reis Magos mencionados no Novo Testamento), Pedro de Cantuária (abade), Pedro Tomás (patriarca latino de Constantinopla, mártir), Rafaela do Sagrado Coração de Jesus (virgem, fundadora), Wiltrude de Bergen (viúva, abadessa), Carlos de Sezze (religioso franciscano, bem-aventurado), Frederico de Saint-Vanne (monge, bem-aventurado), Gertrudes van Oosten (virgem, bem-aventurada).

Antífona: Raiou para nós um dia de bênção: vinde, nações, e adorai o Senhor; grande luz desceu sobre a terra!

Oração: Nós vos pedimos, ó Deus, que o esplendor da vossa glória ilumine os nossos corações para que, passando pelas trevas deste mundo, cheguemos à pátria da luz que não se extingue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leitura: I Carta de São João (1Jo 3, 22-4,6)O Pai enviou o seu Filho como salvador do mundo

Caríssimos, 22qualquer coisa que pedimos, recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. 23Es-te é o seu mandamento: que creia­mos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que ele nos deu. 24Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu.

4,1 Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo. 2Este é o critério para saber se uma inspiração vem de. Deus: todo espírito que leva a professar que Jesus Cristo veio na carne é de Deus; 3e todo espírito que não professa a fé em Jesus não é de Deus; é o espírito do anticristo. Ouvistes dizer que o anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo.

4Filhinhos, vós sois de Deus e vós vencestes o anticristo..Pois convosco está quem é maior do que aquele que está no mundo. 5Os vossos adversários são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvidos. 6Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus, escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro. Palavra do Senhor!


Comentando a I Leitura
Examinai os espíritos para ver se são de Deus

As características de uma comunidade cristã são a fé em Jesus Cristo, o amor recíproco dos irmãos e a fidelidade aos preceitos de Deus. Por isso, sugere o apóstolo algumas atitudes fundamentais. Antes de tudo a oração, entendida não tanto como pedido de graças, quanto como empenho pessoal de realizar o que é ordenado (v. 22); depois, um propósito de fé autêntica em Cristo Jesus e de operosa caridade para com os irmãos (v. 23).

S. João reduz a atitude de fé a seu núcleo essencial: aceitar Jesus. "O centro vivo da fé é Jesus Cristo; só por meio dele podem os homens salvar-se, dele recebem o fundamento e a síntese de toda verdade". Ele é verdadeiramente "a chave, o centro, o fim do homem e também de toda a história humana" (GS 10). Crer em Jesus quer dizer confiar nele, abrir-se a ele até deixar-se transformar nele, aceitando-o por modelo de comportamento: "Dei-vos o exemplo, a fim de que, como eu vos fiz, também vós o façais" (Jo 13,15). Esta fé nele torna-se força dinâmica e criativa, capaz de testemunhar e de fazer Cristo e sua mensagem conhecidos e aceitos pelos homens. (Missal Cotidiano, ©Paulus, 1997)


Salmo: 2, 7-8.10-11 (R/.8a)
Eu te darei por tua herança os povos todos

7O decreto do Senhor promulga­rei, foi assim que me falou o Senhor Deus: "Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!" 8Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio.

10E agora, poderosos, entendei; soberanos, aprendei esta lição: 11Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória e prestai-lhe homenagem com respeito!

Evangelho: Mateus (Mt 4, 12-17.23-25)

Jesus percorria a Galiléia proclamando o evangelho do reino


Naquele tempo, 12ao saber que João tinha si­do preso, Jesus voltou para a Galiléia. 13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galiléia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaias: 15”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galiléia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz". 17Daiem diante, Jesus começou a pregar, dizendo: "Convertei-vos, porque o rei nodos céus está próximo”.

23Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. 24E sua fama espalhou-se por toda a Síria. Levavam-lhe todos os doentes, que sofriam diversas enfermidades e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos. E Jesus os curava. 25Numerosas multidões o seguiam, vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia, e da região além do Jordão. Palavra da Salvação!


Contexto: O ministério de Jesus.  Leitura paralelas: Mc 1, 14-15; Lc 4, 14-15; Lc 5, 1-11; Lc 44, 6, 17-18.
O evangelho de hoje é sempre válido para a Segunda-feira, do Tempo do Natal dos Anos A, B e C.


Comentário o Evangelho
Desponta a salvação

O texto do profeta Isaías é importante para compreender os primórdios da pregação de Jesus, na Galiléia. Por que o Mestre escolheu esta região mal-afamada para dar início a seu ministério, e não Jerusalém, a capital religiosa do país?

A Galiléia era tida como terra de pagãos. Daí a expressão: “Galiléia dos pagãos”, como era conhecida. Isto se deveu a um fato histórico. Quando os assírios conquistaram o Reino de Israel, deportaram a população, substituindo-a com povos estrangeiros, de cinco diversas procedências, todos eles sem nenhuma vinculação com a fé mosaica. Este episódio levou os judeus a olharem com muito desprezo para os habitantes desta região, mesmo quando, posteriormente, só havia aí população judaica.

Mas, porque Jesus viera para “buscar e salvar o que estava perdido”, escolheu exatamente a Galiléia como ambiente privilegiado para a sua ação missionária.

O profeta havia anunciado: para o povo que jazia nas trevas, brilharia uma grande luz. Afinal, a profecia se cumpriu na pessoa de Jesus. Superando os preconceitos contra os galileus, ele pôs-se a anunciar-lhes a chegada do Reino, e, com ele, a salvação de Deus. O estigma do passado ficou, assim, definitivamente superado. Eles foram os primeiros chamados a se converterem para o Reino de Deus que, em Jesus, se fez presente na história humana. (O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas)

Santa Ângela de Foligno
Nascimento: Foligno, na Itália, em 1248. Ângela tinha conforto, dinheiro e se entregava às compras, ao luxo de maneira excessiva. Aos 37 anos de idade uma tragédia aconteceu em seu frívolo dia-a-dia. O marido e os filhos foram mortos seguidamente. Angustiadíssima pela grande dor sonhou com São Francisco de Assis que lhe encorajou a percorrer o caminho da perfeição. Como resultado, entrou na Ordem terceira de São Francisco e mais tarde fez os votos religiosos. É uma das primeiras escritoras místicas. Em um de seus livros "Visões e Instruções" narra o que passou em sua alma - experiências místicas - desde o momento de sua conversão. Em pouco tempo Ângela atraiu a um bom número de homens e mulheres que a procuravam para aconselhamento e aprimoramento espiritual. A santa acabou criando uma comunidade de irmãs na missão de trabalhar pelos mais necessitados. Sobre seu sepulcro, na Igreja de Foligno, muitos milagres aconteceram, Um de seus livros mais conhecidos: "Theologia Crucis" é uma belíssima meditação da Paixão de Cristo. Faleceu em 4 de Janeiro de 1309, aos 61 anos de idade. Ela é padroeira dos consumistas e dos apegados.

Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira. (Goethe)

Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta? (Anônimo)