sábado, 25 de setembro de 2010

Domingo, 19 de setembro de 2010

Domingo, 19 de setembro de 2010
25º Do Tempo Comum (Ano “C”), 1ª Semana do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde


Hoje: Dia do Ortopedista

Santos: Januário (305, Bispo de Benevento), Sena (1648), Constância,  Afonso de Orozco, Teodoro, Pomposa (853), Emília de Rodat, Nilo, Pelé, Pedro de Corpa (servo do Senhor, e companheiros, martirizados, franciscano da 1ª ordem)

Antífona: Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.

Oração: Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
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I Leitura: do Profeta Amós (Am 8, 4-7)
Vós que engolis o pobre sereis duramente castigados

4Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra; 5vós que andais dizendo: "Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas, aumentar pesos, e adulterar balanças, 6dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias, e para pôr à venda o refugo do trigo?" 7Por causa da soberba de Jacó, jurou o Senhor: "Nunca mais esquecerei o que eles fizeram.” Palavra do Senhor


Salmo Responsorial: 112 (113), 1-2.4-6.7-8Louvai o Senhor; que eleva os pobres!

1Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! 2Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!

4O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus. 5Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono 6e se inclina para olhar o céu e a terra?

7Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, 8para faze-­lo assentar-se com os nobres, assentar-se com nobres do seu povo.


II Leitura: 1ª Carta de Paulo a Timóteo  (1Tm 2, 1-8)
Oração por todos os homens

Caríssimo, 1antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens; 2pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda piedade e dignidade. 3Isto é bom e agradável a Deus, nosso salvador; 4ele quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. 5Pois há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, 6que se entregou em resgate por todos. Este é o testemunho dado no tempo estabelecido por Deus, 7e para este testemunho eu fui designado pregador e apóstolo, e - falo a verdade, não minto - mestre das nações pagãs na fé e na verdade. 8Quero, portanto, que em todo lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões. Palavra do Senhor.


Evangelho, Lucas (Lc 16, 1-13) Parábola do administrador sagaz

Naquele tempo, 1Jesus dizia aos discípulos: "Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens'. 3O administrador então começou a refletir: 'O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração'. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu patrão?' 6Ele respondeu: 'Cem barris de óleo!' O administrador disse: 'Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!' 7Depois ele perguntou a outro: 'E tu, quanto deves?' Ele respondeu: 'Cem medidas de trigo'. O administrador disse: 'Pega tua conta e escreve oitenta'. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. 9E eu vos digo: Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. 10Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro". Palavra da Salvação.

Leitura breve: Lc 16, 10-13


A riqueza para construir a fraternidade

O mundo está geralmente dividido entre ricos e pobres. A contestação, a luta de classes parece baseada no princípio de que não há possibilidade de acordo senão pela eliminação de uma das partes. O anúncio do reino de Deus, do seu amor que salva, é feito num mundo dividido entre ricos e pobres. E um anúncio que, revolucionando o íntimo do homem, revoluciona também certo tipo de ordem social.

Uma falsa religião oculta a injustiça

Há uma falsa religião que os profetas nunca cessaram de denunciar: a religião dos que julgam ter a consciência em dia sem muito esforço, cumprindo ritos e práticas exteriores de culto. Muitas vezes é uma aparência de religiosidade que serve para encobrir a exploração dos pobres.

Na primeira leitura veem-se ricos comerciantes, que obedecem ao repouso do sábado, no qual era proibido o comércio, pensando   em   como  enganar  os  pobres  e fraudar nas mercadorias ou nos preços. Acolher o anúncio do reino é, para o rico, transformar, de objeto de posse, em meio de amizade e comunhão, os seus bens. Já ouvimos (23º domingo) o convite de Jesus a vender tudo e dar o produto aos pobres. Aqui nos é dito: "Fazei amigos com a riqueza desonesta".

De uma terra dividida...

A amizade que o rico deve construir não é fruto de seu bom coração, mas exigência e dever que lhe advêm daquilo que possui. O que ele dá não deve parecer uma esmola. O pobre, na comunidade cristã, tem direitos a serem satisfeitos. O rico deve considerar-se mais um atento administrador dos bens do que um proprietário.

"Não és acaso um ladrão, afirma são Basílio, tu que te apossas das riquezas cuja gestão recebeste?... Ao faminto pertence o pão que conservas; ao homem nu, o manto que manténs guardado; ao descalço, os sapatos que estão se estragando em tua casa; ao necessitado, o dinheiro que escondeste. Cometes assim tantas injustiças quantos são aqueles a quem poderias dar".

E santo Ambrósio continua: "É justo, pois, que, se reivindicas como teu algo daquilo que foi dado em comum (a terra) ao gênero humano e até a todos os animais, ao menos dês uma parte aos pobres; eles participam do teu direito; não lhes negues o alimento".

O que os Padres da Igreja pregam, referindo-se a casos particulares, agora inclui povos, nações, milhões de pessoas. Nações ou grupos multinacionais controlam toda a riqueza com uma liberdade que não se pode discutir, continuam a fazer da riqueza a fonte de divisões e se aproveitam dessas divisões para seu domínio econômico.

Os capitais são transferidos de um país para outro onde pode haver maior incentivo para o lucro. Milhões de trabalhadores rurais não têm direito nem possibilidade de habitar em terras que, no entanto, são suas, enquanto grandes proprietários têm incultas suas terras, visando mais à exploração ou maior fonte de lucro.
...a uma terra de amizade

Ambos os apelos só podem ser compreendidos e acolhidos pelo homem novo, renascido de Deus, que descobre o verdadeiro valor das coisas. Sem a conversão do coração, as riquezas nas mãos do homem se tomam riquezas de iniquidade, tanto no ato de possuir como no de dar. A doação feita para tranquilizar a consciência e não por amizade não é verdadeira doação.

Toda decisão que não termina no amor está errada na raiz. Fazer amigos significa procurar, no uso dos bens, uma realização horizontal, entre irmãos, e não vertical, de alto para baixo. "O dinheiro, símbolo das coisas, é instrumento de divisão e de luta; deve tornar-se instrumento de comunhão entre as pessoas, de amizade, de igualdade, e não veículo de guerra e discriminação. Isto exige comunidade na produção, na distribuição, no consumo.

Ora, a pobreza dos que têm bens, e não podem nem devem despojar-se deles, consiste em usá-los para criar amizade e comunicar-se com os homens. Este "fazei amigos" deve ser repensado em cada época e continuamente renovado no conteúdo"  (A. Paoli). [MISSAL DOMINICAL, Missal da Assembleia Cristã, ©Paulus, 1995]

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